sábado, 24 de dezembro de 2011


 "Eu te amo como um rio, que cria as condições para que a vegetação e as flores cresçam por onde ele passa. Eu te amo como um rio, que dá de beber a quem tem sede e transporta as pessoas até onde elas querem chegar."
 "Eu te amo como um rio, que entende que precisa correr diferente em uma cachoeira  e aprender a repousar em uma depressão do terreno. Eu te amo porque todos nascemos no mesmo lugar, na mesma fonte, que continua nos alimentando sempre com mais água. Assim, quando estamos fracos tudo o que precisamos fazer é aguardar um pouco. Volta a primavera, as neves do inverno derretem e tornam a nos encher de nova energia."
 "Eu te amo como um rio que começa solitário e fraco em uma montanha, aos poucos vai crescendo e se unindo a outros rios que se aproximam até que, a partir de determinado momento, pode contornar qualquer obstáculo para chegar aonde deseja."
 "Então, eu recebo seu amor e lhe entrego meu amor. Não o amor de um homem por uma mulher, não o amor de um pai por uma filha, não o amor de Deus por suas criaturas. Mas uma amor sem nome, sem explicação, como um rio que ão consegue explicar o seu percurso, apenas segue adiante. Um amor que não pede e que não dá nada em troca, apenas se manifesta. Eu nunca serei seu, você nunca será minha, mas mesmo assim posso dizer: eu te amo, eu te amo, eu te amo." (...)


O Aleph- Paulo Coelho Pg. 202 Cap. A Rosa Dourada

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